As cinzas volantes são um pó mineral proveniente da queima de carvão nas centrais termoelétricas, sendo utilizadas desde há muitos anos no fabrico de betão.
Quando incorporadas nas condições e proporções adequadas, as cinzas volantes representam ganhos significativos no custo do ligante dos betões e argamassas, principalmente porque permitem reduzir o consumo de cimento.
A par das vantagens económicas, as cinzas volantes contribuem para muitas outras melhorias nos betões e nas argamassas, dando como exemplo:
→ o incremento da evolução da resistência mecânica até idades muito superiores às do cimento Portland;
→ a obtenção de melhor trabalhabilidade no betão em estado fresco sem necessidade de aumentar a relação A/C.
→ o aumento da compacidade do betão, conferindo-lhe maior resistência à penetração de agentes agressivos, o que se traduz numa maior durabilidade do betão;
→ a diminuição da absorção e permeabilidade dos betões e argamassas, que reduz significativamente o aparecimento de eflorescências e respetivos problemas estéticos.
O Ambiente é ainda uma das áreas em que a utilização de cinzas volantes representa ganhos significativos. Desde logo, porque se trata de um resíduo industrial que pode ter grande impacto ambiental, se não forem cumpridas a legislação e as regras de mitigação aplicáveis. Por outro lado, o facto de permitir a redução do consumo de cimento leva a uma redução direta das emissões de CO2 associadas à produção do cimento.